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Óculos conectados ao cérebro fazem mulher voltar a enxergar após 16 anos - Eduardo Paulino

Óculos conectados ao cérebro fazem mulher voltar a enxergar após 16 anos

12 de fevereiro, 2020

Mirthyani Bezerra

Colaboração para Tilt

Uma espanhola com deficiência visual conseguiu enxergar pela primeira vez após mais de uma década de cegueira graças a um dispositivo que está sendo desenvolvido por pesquisadores espanhóis e que usa a mesma lógica do implante coclear – aparelho conectado ao cérebro que permite pessoas com deficiência auditiva perceberem sons.

Usando óculos conectados ao seu cérebro, Bernardeta Gómez, 57, conseguiu, mesmo que de maneira disforme, identificar pessoas e objetos ao seu redor por meio de pontos e formas brilhantes com cores brancas e amareladas. A espanhola perdeu a visão quando tinha 42 anos, após sofrer uma neuropatia óptica tóxica — uma lesão do nervo ótico causada pela exposição a medicamentos ou toxinas do meio ambiente a medicamentos ou toxinas do meio ambiente.

“Allí” (Ali, em português), foi a primeira coisa que ela disse quando conseguiu perceber o que estava a sua frente. Bernardeta foi a primeira paciente a passar pelo procedimento desenvolvido por pesquisadores da Universidade Miguel Hernandez, em Elche, Espanha, em parceria com o Hospital IMED Elche e com o Centro de Olhos John. A. Moran, da Universidade de Utah.

Os cientistas desenvolveram um par de óculos equipado com uma câmera e conectado a um computador capaz de processar as imagens captadas pelo aparelho em sinais eletrônicos. Por sua vez, o computador é conectado a um cabo que leva esses sinais a um aparelho composto por 100 eletrodos implantado na parte de trás do crânio de Bernardeta, onde fica o córtex visual do nosso cérebro.

Com os óculos, a paciente de 57 anos foi capaz de identificar luzes no teto, letras, formas básicas impressas em papel e pessoas. “As informações no sistema nervoso são as mesmas que estão em um dispositivo elétrico”, explicou Eduardo Fernandez, diretor de Neuroengenharia da Universidade de Miguel Hernandez, em entrevista à MIT Technology Review. “Hoje em dia já temos muitos dispositivos elétricos interagindo com o corpo humano. Um deles é o marca-passo. E no sistema sensorial, temos o implante coclear”, afirmou.

Ainda em fase de testes

Bernardeta precisou passar por uma cirurgia para ter os eletrodos implantados em seu cérebro. A primeira vez que ela voltou a “enxergar” foi no final de 2018. Depois disso, passou a ir quatro dias por semana para o laboratório onde trabalham os pesquisadores da Universidade Miguel Hernandez.

Os testes duraram seis meses e, como a prótese não tem aprovação para uso em longo prazo, a espanhola foi submetida a outra cirurgia para a sua retirada. Ela contou à MIT que, se tivesse sido possível, teria mantido o implante e que seria a primeira da fila se uma versão atualizada estivesse disponível.

Segundo Eduardo Fernandez, o dispositivo que está sendo desenvolvido por sua equipe se difere de outros que já existem por não precisar de olhos e nervos ópticos. Isso porque grande parte das pessoas que não conseguem enxergar tem danos na parte do sistema nervoso que conecta a retina – parte do olho responsável por transformar o que a gente vê em sinais elétricos ao córtex cerebral, que “lê” esses sinais e os transforma em imagens.

De acordo com a OMS (Organização Mundial de Saúde), mais de 39 milhões de pessoas em todo o mundo são cegas. O Brasil tem 6,5 milhões de pessoas com deficiência visual, sendo 582 mil cegas e 6 milhões com baixa visão.

“Berna [como a chama carinhosamente] foi nossa primeira paciente, mas nos próximos anos instalaremos implantes em mais cinco pessoas cegas. Fizemos experimentos semelhantes em animais, mas um gato ou um macaco não pode explicar o que está vendo”, contou.

Segundo a Universidade Miguel Hernandez, as pesquisas continuam em fase de testes e eles buscam novos voluntários para participarem do estudo.

 

Fonte: Uol Tilt

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