Doença de visão comum na terceira idade é irreversível, mas quando corretamente diagnosticada é bem simples de tratar
O olho humano é um dos órgãos mais adaptáveis do corpo, no entanto, ele também envelhece. Condições como catarata, degeneração macular relacionada à idade (DMRI) retinopatias diabéticas e hipertensivas são algumas das doenças que podem aparecer com o passar dos anos. Certos distúrbios oculares, apesar de menos graves, são irreversíveis. É o caso da presbiopia, a popular “vista cansada”. Ela ocorre com todos, em diferentes graus de dificuldade e tem o fator idade como o mais importante. “A presbiopia acontece devido à perda da acuidade visual para perto. Nesse caso, o indivíduo tem dificuldade para focar objetos próximos”, explica o oftalmologista Dr. Minoru Fujii.
Isso ocorre porque, com o tempo, o cristalino, estrutura ocular responsável por focar objetos que estão perto, perde o poder de acomodação, ou seja, deixa de se adaptar às diferentes distâncias. Essa perda de flexibilidade é natural, e tende a se agravar depois dos 50 anos. A necessidade de deixar os objetos, como livros e celulares, cada vez mais distantes para poder enxergar melhor dá a essa condição o nome bem peculiar de “Síndrome do Braço Curto”, justamente por que a pessoa deixa de enxergar de perto, o que a faz focalizar os itens cada vez mais longe. Além da dificuldade de enxergar de perto, a presbiopia também provoca cansaço nos olhos, sensação de pálpebras pesadas, dores de cabeça e fadiga, entre outros sintomas.
“Algumas pessoas começam a apresentar presbiopia aos 38, 40 anos. Apesar de não evoluir para algo mais sério, esse problema pode afetar muito a qualidade de vida, principalmente no trabalho, caso o paciente não faça a correção”, aponta Fujii. O tratamento da doença é simples: uso de óculos de leitura ou lentes de contato. O tratamento cirúrgico só é indicado quando há outra enfermidade ocular paralela, como a catarata. Nesse caso, o médico pode optar por fazer a correção da lente, o que melhora a presbiopia, juntamente com a retirada da catarata.
Por: José Mulser
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