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Canais lacrimais bloqueados - Eduardo Paulino

Canais lacrimais bloqueados

18 de janeiro, 2017

Se viu recentemente um bebé num pranto — ou apenas um dos mais recentes dramas de Hollywood — sabe bem que algumas lágrimas correm pela cara abaixo.

 
Todavia, nós temos também canais de lágrimas (também denominados canais nasolacrimais ou canais lacrimais) que drenam as lágrimas pelo nariz. Estes canais de drenagem são o motivo pelo qual o nariz fica a pingar quando chora ou quando os seus olhos lacrimejam devido a uma reação alérgica.
Quando estes canais lacrimais ficam bloqueados, surgem problemas. Vamos explorar o que provoca o bloqueio do canal lacrimal, o que acontece e como se resolve.
O que provoca o bloqueio dos canais lacrimais?
Os canais lacrimais ficam bloqueados por uma série de razões.
Bloqueio congénito: Cerca de um quinto das crianças nascem com canais lacrimais bloqueados. Isto pode dever-se a canais subdesenvolvidos ou anormais ou devido a problemas de desenvolvimento na estrutura da face e do crânio.
Estreitamento dos canais com a idade: À medida que envelhecemos, as aberturas dos canais lacrimais estreitam-se aumentando a probabilidade de obstrução dos mesmos.
Infeção e inflamação: As infeções e inflamações dos canais lacrimais, dos olhos e do nariz podem provocar bloqueio dos canais lacrimais. O próprio bloqueio do canal lacrimal pode também provocar infeção e inflamação.
Lesões e traumas faciais: Quaisquer lesões que afetem os canais lacrimais ou a estrutura óssea que os rodeia podem dar origem a canais lacrimais bloqueados.
Tumores, quistos e pedras: Canais lacrimais bloqueados podem ainda ser causados por tumores e outras formações.
Como pode ver, apesar de os canais lacrimais bloqueados causarem uma série de sintomas, também indicam problemas subjacentes. Consulte sempre o seu oftalmologista se tiver qualquer problema com os seus olhos de forma a obter atenção e cuidado imediatos.
Sintomas de canais lacrimais bloqueados
Há uma série de sintomas que podem surgir provocados pelo bloqueio dos canais lacrimais ou por infeções resultantes do mesmo. Estes incluem:

Olhos lacrimejantes e lacrimação excessiva;
Inflamação e infeção recorrentes (as infeções são tanto causas como efeitos do bloqueio do canal lacrimal);
Acumulação e descarga de muco;
Dor e inchaço do canto interno dos olhos;
Visão desfocada;
Lágrimas com sangue.

O seu oftalmologista pode fazer avaliações e testes para ver se os seus canais lacrimais estão a drenar adequadamente e ajudá-lo a avaliar as suas opções de tratamento.
Tratamento para canais lacrimais bloqueados
A melhor forma de tratar canais lacrimais bloqueados depende daquilo que está a causar o bloqueio. Os oftalmologistas recomendam tentar primeiro as opções menos invasivas e ajudá-lo-ão a avaliar o que é certo para si e se precisa de alargar as suas opções.
Eis alguns métodos de tratamento comuns para canais lacrimais bloqueados.

Canais lacrimais bloqueados em crianças

Em muitas crianças, o bloqueio dos canais lacrimais desaparece por si só no primeiro ano. Contudo, existem casos que necessitam de tratamento. O primeiro método de tratamento de canais lacrimais bloqueados em crianças envolve a dilatação (abrir suavemente o canal), a aplicação de uma sonda e a irrigação. Se isto não resultar, os oftalmologistas poderão inserir um balão expansível para dilatar mais os canais.

Canais lacrimais bloqueados em adultos

Canais lacrimais bloqueados em adultos são geralmente um sinal de estreitamento ou de outros problemas que não se resolvem sozinhos. A primeira medida de tratamento é a mesma dos bebés: dilatação, aplicação de sonda e irrigação.
Aplicar um stent e entubação, inserção de um tubo para manter o canal lacrimal aberto, é uma opção cirúrgica para os casos que não respondem a tratamentos menos invasivos.
Como sempre, verifique junto do seu oftalmologista se tem sintomas ou algo que o preocupe. O trabalho do seu oftalmologista é testar os seus olhos regularmente para evitar problemas, mas também avaliar problemas que surgem entre exames regulares e ajudá-lo a identificar as melhores opções de tratamento.
Nada do que consta neste artigo deverá ser interpretado como um conselho médico, nem se destina a substituir as recomendações de um profissional de saúde. Para perguntas específicas, consulte o seu profissional da visão.

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