Por: José Mulser
Bianca Ribeiro e Daniel Davoli criaram aplicativo com a vocalização das espécies: o “Bem-te-ouvi”.
A paixão pela natureza e os animais sempre foi evidente na vida de Bianca Costa Ribeiro. Não à toa a jovem decidiu cursar Ciências Biológicas. O sonho de garota ainda permanece o mesmo: trabalhar com animais marinhos e ser profissional neste ramo. Mas na busca por esta realização, a estudante da UFSCar de Sorocaba (SP) já tem demostrado que, independente da área, o que importa é dar o melhor de si. E foi assim que ela surpreendeu. Prestes a finalizar o curso, Bianca decidiu fazer um trabalho que incluísse a área da educação. Assim nasceu o “Bem-te-ouvi”.
Como atualmente é estagiária no Laboratório de Ecologia e Conservação e tem trabalhado com as aves, a estudante optou por elas serem o tema do seu estudo.
Em conversa sobre projetos de acessibilidade com o colega Daniel Davoli, graduando em Ciência da Computação, veio a ideia de criar um aplicativo que unisse tecnologia, acessibilidade, aves e educação. “Nesse contexto, pensamos: E se a gente usasse o canto das aves para identificar as espécies junto às pessoas com deficiência visual? ”
Assim surgiu a iniciativa de desenvolver em conjunto um aplicativo com um guia de vocalização de aves acessível para todos. “Foi uma forma que pensamos de pessoas cegas e também de baixa visão participarem de atividades de observação de aves”.
O desenvolvimento do aplicativo, somado à coleta de fotos, áudios e elaboração da descrição das aves levou cerca de um mês até chegarem à definição de como seria realizado. “Durante esse processo, o Daniel tomou todo o cuidado e usou as boas práticas web de acessibilidade, um documento que define regras para desenvolvermos uma página web que garantisse a acessibilidade para pessoas com deficiência”, conta.
O nome do projeto foi inspirado em uma das aves mais populares do País, o bem-te-vi. A alteração do “vi” por “ouvi” faz referência ao guia que é focado na vocalização, e também na acessibilidade a quem o aplicativo foi criado.
Como funciona
As pessoas que têm deficiência visual usam o aplicativo por meio de recursos da tecnologia assistiva (TA), como leitores de tela. “Quando ativado, reproduz o texto do conteúdo da tela em áudio para que a pessoa cega ou de baixa visão possa navegar pela página. Há também a lupa eletrônica, em que as pessoas com baixa visão podem controlar o posicionamento e o nível de zoom da tela”, explica Bianca.
Teste
Depois de pronto o aplicativo foi testado por pessoas com deficiência visual de várias regiões do estado de São Paulo. “Recebemos vídeos com o feedback, o pessoal gostou bastante e falou que o Bem-te-ouvi estava bem acessível ao leitor de tela e também a lupa, também tivemos retorno com sugestões que poderiam melhorar a acessibilidade do aplicativo”, revela.
O que é?
O bem-te-ouvi é um webApp. Ele não precisa ser instalado no celular. Para conhecer o aplicativo basta acessar: www.bemteouvi.ga. É possível colocar a página como atalho na tela inicial do celular. Ao acessar o site, você receberá uma mensagem perguntando se você quer adicionar o aplicativo na tela inicial.
Fonte: Portal Ler para Ver
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